Digamos que está a elaborar — ou já elaborou — conteúdo de formação e materiais de e-learning para os seus colaboradores ou clientes. A questão é que não trabalha em apenas um país, mas em vários — provavelmente está a colocar-se uma ou mais das seguintes questões.
Já elaborei o meu conteúdo de e-learning. Posso apenas traduzi-lo para outras línguas?
Isso depende muito do seu conteúdo e do seu público-alvo. O conteúdo de formação e de e-learning podem significar coisas bastante diferentes — desde um curso de admissão interativo de serviço ao cliente, a um simulador de voo ou tutorial produto de produto online.
O contéudo de formação que é muito simples pode ser frequentemente apenas traduzido — pense nos vídeos de procedimentos de segurança quando estamos num avião. Contudo, quando o conteúdo se torna mais complexo, contendo elementos específicos de um país ou de uma cultura, poderá recorrer tanto a serviços de tradução como de localização.
Será melhor adaptar o seu e-learning e a sua formação para educar e apelar ao seu público estrangeiro do mesmo modo que apela ao seu público original.
Imaginemos que está a vender tapetes artesanais marroquinos no continente americano. Para ajudar os clientes a cuidarem de um tapete, sugere num vídeo tutorial que espalhem os seus tapetes na neve uma vez por ano para se livrarem dos insetos e ácaros. De facto, isto faz sentido para os clientes oriundos dos Estados Unidos e do Canadá — porém, é um conselho desnecessário para outras regiões no continente americano, onde não há queda de neve de todo. Deverá então apagar essa secção do tutorial, sugerindo um outro método de limpeza para tapetes mais adequado para climas quentes. É isto que denominamos de localização do conteúdo de e-learning.
Posso utilizar o mesmo conteúdo de e-learning a nível global?
Como foi dito anteriormente, depende do seu conteúdo e do seu público-alvo. Embora alguns aspetos do conteúdo sejam inteiramente neutros, outros demonstram particularidades que poderão ser confusos ou até mesmo ofensivos em determinados países.
Digamos que tem subsidiárias no Médio Oriente e na América do Sul. Criou um vídeo de admissão para os seus novos colaboradores que mostra uma instrutora com um decote um pouco revelador. Neste caso, provavelmente terá que criar um vídeo adequado para os seus colaboradores iranianos — porém os seus trabalhadores europeus não terão qualquer problema com o vídeo.
Por outro lado, caso tenha criado um curso interativo que inclui somente textos e elementos gráficos, poderá utilizá-lo para ensinar pessoas em diversos países, embora necessite de analisar possíveis símbolos ofensivos. Apenas terá de procurar uma boa empresa de tradução e traduzir o seu curso para as várias línguas necessárias. (Já agora, a equipa especializada da Upwords poderá ajudá-lo com isso.)
Ainda estou a elaborar o meu conteúdo de e-learning. Como posso elaborá-lo, para que seja simples localizá-lo mais tarde?
Para elaborar conteúdo que seja simples de traduzir e de localizar, eis duas coisas que pode fazer:
- Evitar elementos específicos da cultura de um país. Como por exemplo, ter o cuidado na escolha de cores ou sinais visuais que possam ser interpretados por outras culturas de forma diferente.
- Ter em conta as diferenças no comprimento de palavras e do alfabeto de uma língua para outra. Por exemplo, caso a sua formação de clientes inclua texto e pretenda utilizá-lo na China, certifique-se de que haja espaço suficiente no ecrã para que o texto seja substituído por ideogramas. Caso o vá utilizar em países árabes, lembre-se que a língua árabe é escrita da direita para a esquerda, sendo assim fundamental que consiga mover imagens e caixas de textos para uma melhor adapatação.